Click the star to add/remove an item to/from your individual schedule.
You need to be logged in to avail of this functionality.

Accepted Paper:

Partilhando materiais e experiências de terreno: uma reflexão sobre a produção etnográfica em empresas  
Filipe Reis (CIES ISCTE-IUL) Sílvia Cardoso (Institute of Geography and Spatial Planning of the University of Lisbon (IGOT)) Luísa Veloso (ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa)

Paper short abstract:

Esta comunicação reflete sobre a produção etnográfica desenvolvida no quadro de um projeto de investigação (em curso) sobre “Desenvolvimento Científico e Inovação Empresarial” e discute as potencialidades da etnografia colaborativa em contexto empresarial.

Paper long abstract:

Propomos refletir sobre a produção etnográfica (Sarró e Lima 2006) desenvolvida no âmbito de um estudo (em curso) que pretende explicar como se produz conhecimento/inovação. O estudo centra-se na análise da construção, transformação e desintegração de redes sociais que envolvem Estado, universidades, unidades de investigação, empresas e outras organizações direta e indiretamente implicadas no processo de criação, concretização e difusão de conhecimento/inovação e inclui a realização de estudos etnográficos em empresas e centros de investigação. Nesta comunicação centramo-nos no "terreno" das empresas com o intuito, precisamente, de refletir acerca do modo como aquelas empresas se converteram em terreno etnográfico. Propomos, portanto, uma análise ao processo de produção etnográfica, questionando os procedimentos de investigação adotados para realizar etnografia naquelas empresas focando na forma coletiva e partilhada que o caraterizou. Embora a imagem romântica do trabalho de campo como empreendimento solitário prevaleça no imaginário da disciplina (Elfimov 2010), sabemos que a etnografia é também praticada/produzida em equipa (como de resto aconteceu no passado). Todavia, não abundam reflexões sobre etnografia colaborativa onde um grupo de investigadores circula e discute materiais, documentos e experiências que resultam do terreno (vd. Fornas et all 2007). Acerca da discussão sobre novos modos de fazer etnografia propomos refletir criticamente sobre as seguintes questões: como pensamos e construímos as empresas estudadas enquanto terreno? Como se produz etnografia sobre "processos de inovação"? Quais as vantagens e desvantagens da etnografia colaborativa na produção etnográfica em contexto empresarial e para além deste?

Panel P17
Terrenos múltiplos, terrenos fluídos: novos modos de fazer trabalho de campo
  Session 1