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P26


Produção científica: criatividade e avaliação PT/ES 
Convenors:
Virgínia Maria dos Santos Calado (University of Lisbon)
Luís Cunha (Universidade do Minho)
Location:
Auditório 1, Ciências Veterinárias (Map 30)
Start time:
10 September, 2013 at
Time zone: Europe/Lisbon
Session slots:
1

Short Abstract:

Pretende-se discutir o modo como o conhecimento produzido em antropologia, e demais ciências sociais, é condicionado/orientado por critérios de avaliação que tendem a incidir sobretudo na produtividade. Qual a importância e quais as vicissitudes da exigência de publicação/apresentação?

Long Abstract:

A modernidade tardia oferece-nos e impõe-nos uma experiência do tempo marcada pela velocidade, urgência, rigor cronométrico, juízo centrado numa produtividade crescente e comparável. A um tempo uniforme, devem corresponder critérios uniformes, medidas comparáveis, traduzíveis em cifras, cujo rigor legitimaria o entendimento do mundo. Talvez possamos tomar este efeito como a concretização de uma fantasia: fazer do modo de produção capitalista a medida de toda a ação social, concebendo a sociedade como mercado, o cidadão como produto transacionável.

Este efeito geral tem expressão particular no modo de produzir conhecimento em ciências sociais. Propomo-nos discutir aqui esses efeitos. Poderemos pensar o que fazemos partindo da ideia de ferida e sutura? Ferida, pela crescente dificuldade de dar à investigação aquilo que ela exige: tempo de maturação, reflexão, dúvida, ócio criativo. Sutura, no sentido da procura de soluções, que permitem fechar essa ferida e viver com ela não impedindo a cicatriz. A um quadro de crescente exigência de publicação e comunicação, formas tão presentes de aceleração do tempo, estaremos respondendo com a demissão de pensar, fugindo ao que há de mais fundamental no nosso ofício? A uniformização métrica estará a refletir-se no modo como escrevemos ou comunicamos? A quantas comunicações precisamos assistir para que uma nos surpreenda? Que práticas são impostas pela exigência de produtividade? Conciliar-se-á quantidade e qualidade?

Accepted papers:

Session 1